Procurador é acusado de orientar índios contra Belo Monte
A justiça é para todos, e os membros do judiciário tem que se mostrar como exemplo concreto desta máxima popular. Talvez motivada por esta filosofia pública é que A AGU (Advocacia-Geral da União) pediu o afastamento do procurador da República Felício Pontes nos processos que envolvem a construção de Usinas Hidrelétricas. O Procurador de justiça teria orientado índios da etnia Xikrin a exigirem mais dinheiro da empresa responsável pela construção da Usina de Belo Monte. A reclamação foi protocolada o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). A AGU alega que o procurador extrapolou as atribuições previstas por lei aos membros do MPF (Ministério Público Federal), principalmente em relação às UHEs de Belo Monte e São Luiz do Tapajós.
Provas concretas - A Reclamação tem como base vídeos publicados no site You Tube que mostraram o procurador orientando índios da etnia Xikrin a exigirem mais dinheiro da empresa responsável pela construção da Usina de Belo Monte. O procurador também teria patrocinado cartilha elaborada por movimento social que estimula a violência na população local contra a construção da UHE Tapajós. O caso foi noticiado pelo Jornal Folha de S. Paulo, de circulação nacional, no último final de semana.
Segundo informações, o vídeo com o flagrante contra o Procurador foi gravado entre os dias 13 e 14 de outubro em uma das aldeias da terra indígena Tricheira Bacajá, no Xingu e ficou disponível por quatro dias na internet, até ser retirado a pedido do Ministério Público do Pará. A AGU relata que o agente utilizou a internet para publicar em blogs e redes sociais diversos artigos e entrevistas com incentivos à resistência contra a construção das hidrelétricas.
