sexta-feira, 26 de outubro de 2012

DEVASTAÇÃO NO JUÁ...

Empresário nega devastação na área do Juá

Sidney Pena, dono da Buriti, explica obra aos Vereadores e comunitários


Área desmatada
“Não estamos praticando nenhum crime ambiental, isso está mais uma vez provado”. Mesmo diante desta afirmação do empresário Sidney Guimarães Pena, continua o impasse sobre o canteiro de obras que foi feito às margens do Igarapé do Juá, em Santarém. Nesta primeira etapa de construção, estão sendo formados aproximadamente 5.000 terrenos, numa área de 1.100 hectares. A previsão, segundo a direção da Construtora Buriti, é que seja alcançada a marca de 20.000 lotes de terrenos, em um prazo de dez anos, depois de completa a Obra.
Aflição e desmatamento: Enquanto as máquinas trabalham, devastando em nome do progresso, centenas de famílias ocupantes tiveram que sair do local, por se tratar de uma APA (Área de Preservação Ambiental). Contrariando esta afirmação ambiental, a área está sendo desmatada a olhos vistos por máquinas e tratores da Empresa Buriti.
“Estamos sendo massacrados por denúncias mentirosas. Por isso convidamos os vereadores para visitar a área, como forma de dar uma satisfação à população”, defende Sidney Guimarães Pena, empresário proprietário da Empresa Construtora Buriti. “O que eu tenho a dizer é que nós somos defensores do Meio Ambiente e estamos respeitando a Lei”, falou o empresário. Sobre a devastação da suposta área de preservação, o proprietário da empresa Buriti falou: “Esta denúncia é mentirosa, foi feita por pessoas que gostam de tumultuar e levar vantagem de alguma forma”, afirmou o empresário.
Empresário explica a vereadores e comunitários
Comissão de vereadores: Na quinta-feira (25), os vereadores Gerlande Castro (PSD), Maurício Corrêa (PSD), Bruno Pará (PDT), Marcela Tolentino (PDT), Emir Aguiar (PR), Valdir Matias Jr. (PV), Rogélio Cebulisky (PSB), Carlos Jaime (PT) e Ivete Bastos (PT), da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Santarém, estiveram na área onde a Construtora Buriti está construindo lotes para venda. A visita dos vereadores foi um pedido do também vereador Henderson Pinto (DEM), depois que recebeu um pedido dos comunitários que ocupavam o local, às margens do igarapé do Juá. Por sua vez, a coordenadora do Movimento pelos Trabalhadores em Luta pela Moradia, Margareth Ferreira, mostra-se contrariada e muito injuriada diante da situação de descaso que passa o lago de Juá, comentou a equipe do jornal O Impacto que a Lei de Licença Ambiental foi feita com objetivo de beneficiar a Empresa Buriti: “Nossa posição é que esta lei seja anulada”, segundo a líder comunitária. “Esta Lei que foi feita para esta licença ambiental é imoral, que permite fazer esta devastação estranha em terras públicas”, disse a trabalhadora. Conforme Margareth, “a terra está virando mercadoria, porque como se constata, ao preço de R$ 150 reais em 15 meses para comprar um terreno, os populares não terão condições de compra do imóvel”, explicou. Pelo Movimento estão cadastradas 2.500 famílias no local, que teriam direito a permanecer no local, considerada uma APA.

Vereadores analisam planta da obra
Revolta: Segundo a comunitária, por esta razão é que existe a luta pela terra, em confronto com a Construtora Buriti: “Não estamos brigando apenas pela moradia, como também contra esta Lei de Licença Ambiental”, confirmou Margareth. “Esta lei foi feita para beneficiar a empresa, enquanto que para os populares existe uma lei que impede a ocupação do local, porque é uma área ambiental”, desabafa Margareth Ferreira.
O vereador Henderson Pinto, que fez a denúncia assim que recebeu a informação dos comunitários da área que seria uma Área de Preservação Ambiental (APA), mas que está sendo ocupada segundo alguns, de forma ilegal, afirmou: “Na realidade, é importante ressaltar que esta visita ao local do empreendimento, para verificar dentro da Legislação de Meio Ambiente se a empresa está respeitando os limites; e até o momento o que nós podemos verificar é que os limites estão sendo respeitados”, disse Henderson Pinto. Os vereadores santarenos se comprometeram a fiscalizar se a empresa vai continuar obedecendo os limites impostos pela legislação Ambiental.
Fonte: RG 15/O Impacto