A
previsão do aumento do escoamento de grãos produzidos no estado do Mato
Grosso pelo porto de Santarém gera expectativas em empresários e
profissionais de diversos segmentos da sociedade. A Companhia Docas do
Pará (CDP) prevê que o porto de Santarém deverá receber cerca de 2 mil
carretas por dia com a conclusão do asfaltamento da BR-163, previsto
para acontecer no final de dezembro de 2015 e da ampliação do porto.
Para escoar a produção de
aproximadamente 22 milhões de toneladas de milho, produtores de Mato
Grosso optam por portos alternativos para reduzir custos no transportes.
A competitividade com a produção do Paraná, por exemplo, fez com que o
porto de Paranaguá fosse ‘substituído’ pelo porto de Santarém, no Pará.
O Instituto Mato-grossense de Economia
Agropecuária (Imea), em recente pesquisa, revelou que a produção de
milho paranaense também aumentou, complicando com os embarques
realizados pelo porto de Paranaguá. Além disso, pela crescente produção
de milho em Mato Grosso, segundo o Imea, os produtores do Estado estão
buscando portos diferentes para fazer o escoamento. O preço do frete
também incentiva a preferência pelo porto de Santarém, que é 14% menor
se comparado ao porto de Santos. Dados do Imea apontam que o despacho do
milho de Sorriso a Santarém custa em média R$ 240,00 por tonelada,
enquanto o envio da produção do mesmo município até Santos, são
desembolsados cerca de R$ 280,00/t.