Segundo a Agência Estado, no ano passado o
governo ampliou em quase 30% a arrecadação com a Compensação Financeira
pela Exploração Mineral (Cfem), conhecido no jargão do setor como os
royalties da mineração. Os cofres públicos registraram entrada de R$
2,376 bilhões em 2013, de acordo com dados do Departamento Nacional de
Produção Mineral (DNPM), ante R$ 1,834 bilhão registrado um ano antes.

O
aumento da arrecadação com a Cfem ocorre em meio às discussões para
mudança do Marco da Mineração, que tem entre as alterações previstas as
alíquotas cobradas. Hoje, por exemplo, as alíquotas do imposto para o
minério de ferro é de 2% sobre o faturamento líquido. O minério de ferro
é o produto que mais contribui para a Cfem.
No novo código para o setor, que irá substituir o
vigente desde 1967, o governo não definiu as alíquotas no texto que foi
apresentado em junho e as deixou para serem fechadas via decreto. No
entanto, o texto do marco foi alterado pela Comissão Especial criada
para tratar do assunto, que já deixou clara a sua vontade de deixar o
porcentual do imposto fechado. No caso do minério de ferro a alíquota
passaria para 4% do faturamento bruto, por exemplo. A expectativa é de
que o texto do marco seja votado pelo Congresso Nacional no início do
ano, para que o mesmo entre em vigor em 2014