Coliformes fecais e lixo estão poluindo lago do Jacundá
A prática de contaminação das águas do
complexo da Praia de Alter do Chão, em Santarém, por meio de embarcações
continua acontecendo, no balneário considerado o “Caribe Brasileiro” e o
principal Cartão Postal do Pará. Nesta semana, cerca de três
embarcações foram flagradas ancorados e despejando dejetos, no Lago do
Jacundá, em Alter do Chão.
Após as recentes investidas da
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), na vila de Alter-do-Chão,
com o intuito de conter a grande quantidade de coliformes fecais
despejada nas águas daquela vila, os hippies, estrangeiros, ou até mesmo
os moradores da vila proprietários de pequenas embarcações, e que fazem
de suas embarcações seu local de moradia, já trataram de procurar outro
local para despejar a sujeira que produzem.
Eles estão indo para o outro lado da
Vila, sentido Alter-do-Chão/Pindobal, na área do Lago do Jacundá. Outro
local de preservação ambiental e, que agora também está sendo utilizado
como depósito de lixo em geral, como garrafas pet, sacos plásticos,
latinhas de cerveja e refrigerante, entre outros objetos.
Por conta da proibição no Lago Verde, os
proprietários abrigam suas embarcações no Lago do Jacundá, próximo à
uma bela ponta de praia, onde fazem do local sua cozinha. Eles espalham
cadeiras, e demais móveis em plena praia. Já fizeram ligações
clandestinas de energia elétrica, os chamados “gatos”, dos postes
próximos para suas embarcações, sem nenhum incômodo das Autoridades e da
Celpa.
Por falta de fiscalização, dezenas de
pessoas fixam residência dentro das embarcações, despejando todo o tipo
de lixo e dejetos no Lago, principalmente coliformes fecais. Eles moram
dentro das embarcações, as quais não possuem qualquer tipo de
compartimento apropriado para o tratamento e armazenamento do material
expelido.
Caso a Semma não tome providências
urgentes no sentido de evitar que essas pessoas se instalem
definitivamente naquele local, teremos um problema maior ainda. Isto
porque na frente da Vila de Alter do Chão ainda há a vantagem da
correnteza do rio. Enquanto que no Lago do Jacundá, a água é
praticamente parada. O que poderá trazer sérios riscos de epidemia ainda
maior.
Por não estar dentro da competência da
Marinha delimitar área para atracação de embarcações em Alter do Chão, o
comandante da Capitania dos Portos de Santarém, capitão de fragata
Robson Oberdan, sugere que seja criado um Plano Municipal de
Gerenciamento Costeiro. O ordenamento da orla da margem para dentro do
rio é atribuição do Município, de acordo com o capitão Robson.
Fonte: RG 15/O Impacto