Presidido por réu, Senado vira Casa da galhofa
A Justiça Federal de Brasília aceitou
denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra Renan Calheiros.
Nesse processo, o senador é acusado de enfiar no Orçamento da União
emendas que favoreceram a construtora Mendes Júnior. Em troca, um
lobista da empresa bancou o custeio de uma filha que Renan teve em
relacionamento extraconjungal com uma repórter. Com isso, o Senado da
República passa a ser presidido por um réu.
Renan
comanda o Senado pela quarta vez. A cada nova recondução, os senadores
entregaram o comando a um Renan diferente. Primeiro, um presidente
improvável. Depois, um presidente impensável. Na sequência, um
presidente inaceitável. O Renan re-re-re-reeleito em fevereiro
passado com o decisivo apoio de Dilma Rousseff é o mesmo Calheiros de
sempre. O que mudou dessa vez foi o Senado, convertido pela reincidência
em Casa da Galhofa.
Os vínculos monetários entre Renan e a Mendes Júnior vieram à luz em 2007. Os senadores tiveram, então, a oportunidade de cortar Renan pela raiz, passando-lhe na lâmina o mandato. Mas armou-se uma pantomima: em troca da preservação do mandato, Renan renunciou à presidência do Senado. E seus pares deram crédito à versão segundo a qual o dinheiro repassado por Renan à ex-amante viera da venda de gado.
Os senadores decidiram se fingir de bobos pelo bem da República. Proliferavam as evidências de que a defesa de Renan não parava em pé. Mas não convinha arriscar a estabilidade do Legislativo em nome da verdade. Então, ficou combinado desde essa época que nada tinha acontecido. E o Senado, habitat natural de vetustas figuras, passou a conviver com uma boiada de dúvidas.
O gado de Renan transita invisível pelo gabinete da presidência, pelo salão azul, pelo cafezinho, pelo plenário. De vez em quando, alguém pisa no rabo de uma vaca, arrancado-lhe um mugido. Foi o que sucedeu no final de janeiro de 2013, dias antes de o Senado reconduzir Renan à presidência pela terceira vez, com o apoio de Lula.
O então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, protocolou no STF uma denúncia contra Renan. Acusou-o de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. O relator do caso é o ministro Luiz Edson Fachin, recém-chegado ao Supremo. O processo envolve os mesmos fatos que acabam de fazer de Renan um réu. A diferença é que uma ação é penal e a outra é cívil, por improbidade.
Afora os mugidos que soam desde 2007, Renan responde a três inquéritos nascidos da Operação Lava Jato. Foram abertos no STF em março, pouco depois da quarta recondução de Renan à chefia do Senado. Procurado nesta quarta-feira para se manifestar sobre sua nova condição de réu, Renan preferiu não falar. Nem precisa.
Já está entendido que, para o Senado, os fatos relacionados a Renan não são morais nem imorais. São apenas dados de uma proeza: Renan dissociou-se de suas próprias ações. Mantém-se incólume a si mesmo.
À plateia resta concordar com uma velha tese de Dostoiévski: se Deus não existe, tudo é permitido. Se Renan continua na presidência do Senado, extinguem-se todos os valores éticos e morais.
Diversos protestos contra o presidente do Senado, Renan Calheiros,
foram articulados pelas redes sociais. Após a entrega de mais de um 1,5
milhão de assinaturas virtuais contra a posse do senador como
presidente, os manifestantes foram para as ruas em diversos locais do Brasil. Na imagem,
manifestantes se reuniram no Rio de Janeiro.Folhapress
Os vínculos monetários entre Renan e a Mendes Júnior vieram à luz em 2007. Os senadores tiveram, então, a oportunidade de cortar Renan pela raiz, passando-lhe na lâmina o mandato. Mas armou-se uma pantomima: em troca da preservação do mandato, Renan renunciou à presidência do Senado. E seus pares deram crédito à versão segundo a qual o dinheiro repassado por Renan à ex-amante viera da venda de gado.
Os senadores decidiram se fingir de bobos pelo bem da República. Proliferavam as evidências de que a defesa de Renan não parava em pé. Mas não convinha arriscar a estabilidade do Legislativo em nome da verdade. Então, ficou combinado desde essa época que nada tinha acontecido. E o Senado, habitat natural de vetustas figuras, passou a conviver com uma boiada de dúvidas.
O gado de Renan transita invisível pelo gabinete da presidência, pelo salão azul, pelo cafezinho, pelo plenário. De vez em quando, alguém pisa no rabo de uma vaca, arrancado-lhe um mugido. Foi o que sucedeu no final de janeiro de 2013, dias antes de o Senado reconduzir Renan à presidência pela terceira vez, com o apoio de Lula.
O então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, protocolou no STF uma denúncia contra Renan. Acusou-o de peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. O relator do caso é o ministro Luiz Edson Fachin, recém-chegado ao Supremo. O processo envolve os mesmos fatos que acabam de fazer de Renan um réu. A diferença é que uma ação é penal e a outra é cívil, por improbidade.
Afora os mugidos que soam desde 2007, Renan responde a três inquéritos nascidos da Operação Lava Jato. Foram abertos no STF em março, pouco depois da quarta recondução de Renan à chefia do Senado. Procurado nesta quarta-feira para se manifestar sobre sua nova condição de réu, Renan preferiu não falar. Nem precisa.
Já está entendido que, para o Senado, os fatos relacionados a Renan não são morais nem imorais. São apenas dados de uma proeza: Renan dissociou-se de suas próprias ações. Mantém-se incólume a si mesmo.
À plateia resta concordar com uma velha tese de Dostoiévski: se Deus não existe, tudo é permitido. Se Renan continua na presidência do Senado, extinguem-se todos os valores éticos e morais.
Num instante em que o mandato de
Dilma Rousseff está sob questionamento, você talvez devesse considerar a
hipótese de rezar pela saúde de Michel Temer. A presença de Eduardo
Cunha e de Renan Calheiros nas presidências da Câmara e do Senado coloca
no terceiro e quarto lugar na linha de sucessão o lamentável e o
abominável. Se preferir, você pode tentar um suicídio. Tudo é permitido.Delícia pode ajudar a
combater a leucemia
Delícia pode ajudar a combater a leucemia (Foto: Divulgação)
Pesquisadores esperam criar uma droga derivada do abacate (Foto:
Divulgação)
Um novo estudo revelou que a gordura do abacate pode combater a Leucemia
Mieloide Aguda (LMA), uma forma rara e mortal da doença.
Pesquisadores canadenses disseram que as moléculas de gordura do abacate
atacam diretamente as células-tronco da leucemia, a raiz da doença, à
medida que crescem em células anormais do sangue.
Mundialmente, existem poucos medicamentos que combatam as células-tronco
da leucemia. Em função dos resultados, os pesquisadores esperam criar
uma droga derivada do abacate, com intuito de aumentar
significativamente a expectativa e a qualidade de vida em pacientes com
LMA, uma doença devastadora e fatal dentro de apenas cinco anos, em 90%
dos pacientes com mais de 65 anos.
Em pessoas saudáveis, as células estaminais na medula óssea, crescem e
se dividem para formar células vermelhas de sangue plenamente
desenvolvidas, plaquetas e glóbulos brancos. Em pacientes com LMA, este
processo dá errado. Em vez de formar células vermelhas do sangue
saudáveis, muitas células de leucemia anormais são formadas. Estas são
células imaturas, que não são capazes de se desenvolver em células
sanguíneas de funcionamento normal.
Os pesquisadores descobriram que a molécula de gordura do abacate,
chamado avocatin B, é capaz de interromper este processo, tendo como
alvo as células-tronco sanguíneas saudáveis, ainda capazes de crescer.
“A célula-tronco é realmente a grande responsável pelo desenvolvimento
da doença e a razão da recaída de tantos pacientes com leucemia. Temos
realizado vários testes para determinar como esta nova droga funciona em
um nível molecular, confirmando que ele atinge seletivamente as células
estaminais, deixando as células saudáveis ilesas”, disse Paul
Spagnuolo, da Universidade de Waterloo, no Canadá.
“A avocatin B não só elimina a fonte de LMA, como também seus efeitos
seletivos, diminuindo a toxicidade ao corpo”, completou Spagnuolo, que
fez uma parceria com o Centro de Comercialização de Medicina
Regenerativa (CCRM), em Toronto, Canadá, e entrou com um pedido de
patente para o uso de avocatin B para tratar LMA.
A droga ainda precisará passar por longos teste, antes de ser aprovada
para uso em clínicas de câncer, mas Spagnuolo já está realizando
experimentos para preparar a droga para um ensaio clínico de Fase I.
(Com informações de Meio Ambiente Rio)
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