sexta-feira, 8 de abril de 2016

MULHER BOMBA???

Interpol investiga sumiço de paraense convertida ao islã

Karina Barbosa saiu do país sem avisar os pais. Família desconfia que ela esteja na Turquia


Karina Barbosa se converteu ao islã
Karina Barbosa se converteu ao islã
A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) investiga o sumiço de uma estudante paraense de 20 anos que se converteu ao islamismo e deixou o Brasil sem avisar a família na manhã de terça-feira (5).
Karina Ailyn Rayol Barbosa fez contato com os familiares pela última vez às 13h15 da última segunda-feira (4). Ela havia se convertido ao islã contra a vontade da família há dois anos.
Preocupados com o sumiço, os pais da jovem – que cursa Jornalismo na Universidade Federal do Pará (UFPA) – procuraram a delegacia da Polícia Federal no aeroporto de Belém e constataram que ela havia saído do país pelo aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, às 5h14 de ontem.
Segundo a PF, Karina usou um passaporte verdadeiro, emitido no mês de dezembro em Belém. O pai da jovem, Nerino Almeida, quer que a polícia tenha acesso às imagens do circuito de segurança do aeroporto de Guarulhos. Ele acredita que as imagens possam ajudar a descobrir o paradeiro da estudante.
Como a jovem é maior de idade e aparentemente a viagem foi programada, segundo a PF, o caso foi repassado à Interpol que investiga se a estudante foi recrutada por alguma organização terrorista e para qual país ela viajou. O sistema de tráfego de passageiros usado pela imigração brasileira registra a entrada e saída de passageiros nos aeroportos do país, no entanto, dados como o país de destino do viajante não são capturados, de acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal no Pará.
A família de Karina diz que o comportamento da jovem mudou depois que ela se converteu ao islamismo. Descrita pelo pai como estudiosa, responsável e centrada, Karina ficou mais reservada após a conversão que ocorreu depois que ela iniciou um curso de língua árabe na UFPA. ‘Nossa convivência era maravilhosa, mas ela se afastou de outros colegas e primos. Ficou mais reservada e com o tempo precisou tomar medicamento para depressão’, contou o pai.
Segundo Nerino, a filha começou a frequentar o Centro Islâmico Cultural do Pará, localizado no bairro da Campina, por influência de um professor do curso de língua árabe. O pai credita o comportamento mais reservado à nova religião. Além de ter ficado mais introspectiva, Karina trancou a graduação em Jornalismo sem o conhecimento da família, fato só descoberto após o sumiço dela. ‘Ela saía de casa todos os dias como se fosse para a faculdade. Por isso desconfiamos que ela estava sendo aliciada nesse período em que estava sem estudar’, afirma o pai.
Em nota a A Universidade Federal do Pará (UFPA) lamentou o aparente desaparecimento da aluna do curso de Comunicação Social – habilitação Jornalismo, Carina Raiol Barbosa, e esclareceu que ela não participou de nenhum curso de língua árabe existente na instituição.
Segundo o professor Saif Mounssif, pesquisador da Faculdade de Engenharia Naval da UFPA e imam do Centro Islâmico Cultural do Pará, a estudante esteve, em 2014, em um curso de língua árabe oferecido pelo Centro e, pouco tempo depois, manifestou o desejo de conversão à religião muçulmana.
O pesquisador, porém, ressalta que o curso de idioma trata apenas do ensino da língua árabe e da cultura a ela ligada, sem abordar questões políticas ou religiosas em relação ao Estado Islâmico.
Ele também esclarece que a presença da jovem no Centro Islâmico Cultural do Pará sempre ocorreu com o apoio e conhecimento materno e que a Carina Barbosa deixou de frequentar o espaço em novembro de 2015. Desde então, a instituição não possui informações sobre a universitária.
Fonte> ORM News