Adaías Cardoso Gonçalves foi nomeado no dia 30 de março e exonerado no dia 19 de abril
Foi publicada no Diário Oficial da União
– seção 2, desta terça-feira (19), a exoneração do Superintendente do
Incra em Santarém, Adaías Cardoso Gonçalves, que foi indicado ao cargo
pelo deputado federal Francisco Chapadinha.
Adaías Cardoso Gonçalves assumiu a
Superintendência do Incra em Santarém, em substituição a Claudinei
Chalito, fato que causou grande repercussão na cidade devido Claudinei
ter realizado um bom trabalho junto aos agricultores e assentados. A
nomeação de Adaías Gonçalves foi publicada no DOU do dia 30 de março
deste ano e sai exoneração foi publicada no dia 19 de abril deste ano,
ou seja, sua permanência no cargo não durou 22 dias.
Segundo informações, a exoneração de
Adaías Gonçalves aconteceu devido o deputado Chapadinha não te cumprido o
acordo de votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Tal
fato causou a exoneração de Adaías. Conforme contato com uma fonte,
ficou acertado entre o deputado Chapadinha e o vice-presidente Michel
temer, que depois do dia 10 de junho deste ano, Adaías Cardoso Gonçalves
voltará a comandar o Incra em Santarém. Vamos aguardar até onde vai
rolar essa novela chamada “Superintendência do Incra em Santarém”.
SUPERINTENDENTE SUBSTITUTA:
Com a exoneração de Adaias Cardoso, Elita Beltrão, superintendente
substituta, passa a responder pelo Incra no Oeste do Pará. Só
ressalvando, que Elita Beltrão, por enquanto, assume na condição de
superintendente substituta. O cargo em comissão de superintendente está
vago, com a exoneração do Adaias Cardoso. Este é o cenário do Incra
hoje.
Resumindo: O cargo em comissão de superintendente substituto equivale ao de vice-presidente da República, por exemplo. Na audiência do titular, o (a) superintendente substituto (a) passa a responder pela direção do Incra.
Resumindo: O cargo em comissão de superintendente substituto equivale ao de vice-presidente da República, por exemplo. Na audiência do titular, o (a) superintendente substituto (a) passa a responder pela direção do Incra.
POLÊMICA: Revoltados
com a troca de comando na Superintendência do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Santarém, agricultores e
servidores ocuparam a sede do órgão, nas primeiras horas da manhã de
segunda-feira, 04 de abril. Os agricultores e os servidores pediam que a
Superintendência do Incra, em Brasília, voltasse atrás e conduzisse
novamente o engenheiro agrônomo, Claudinei Chalito da Silva, à chefia do
órgão em Santarém.
O representante da Federação dos
Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará (Fetagri) em Santarém,
José Hipólito Almeida, defendeu a permanência de Claudinei Chalito na
Regional do Incra, no oeste do Pará. “Nossa manifestação é justa, haja
vista, que na região do Baixo Amazonas e de todo o Pará, a reforma
agrária não é tratada como prioridade dos nossos governantes e a
Superintendência de Santarém está sempre passando pela troca de várias
chefias”, comenta Hipólito.
Na ocasião, ele criticou que entra
superintendente e rapidamente é trocado e, que a questão da reforma
agrária não avança. “Temos várias deficiências na questão agrária e há
uma abertura de conversas e de negociação com o ex-superintendente
Chalito, de ouvir os movimentos. Ele é acessível as nossas
reivindicações, onde nossa pauta já foi enviada para Brasília e está,
inclusive, no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Incra
Nacional e temos alguns acertos para serem cumpridos aqui na região”,
diz Hipólito.
Para ele, a troca de superintendente
deve fazer com que as negociações não avancem e, com isso milhares de
agricultores sejam prejudicados. “Essas negociações que estão em
intermediação via Incra Nacional e MDA, estavam sendo feitas através do
ex-superintendente Chalito. Com todo esse avanço que tivemos na Regional
não aceitamos a substituição no Incra, neste momento. Trocar a gestão
não é o nosso maior problema. A falta de recursos é que deixa os
agricultores no descaso”, censura Hipólito.
A presidente da Comunidade de São
Sebastião, no PA/ Eixo-Forte, Ivaneide Gama da Costa, também faz duras
críticas a troca de comando na Superintendência do Incra em Santarém.
“Estamos tendo uma revisão ocupacional na Comunidade de Santa Maria, na
região do Eixo Forte. Por conta dessa região ser muito perto da cidade,
existe muita grilagem de terra e especulação imobiliária. Eu acredito
assim que o Incra e a sociedade civil estavam trabalhando juntos, em
parceria com o movimentos sociais. A gente sabe que esse novo
superintendente que quer assumir, mas ele não vai assumir, não conhece o
nosso problema”, critica.
CARTA PÚBLICA: Os
servidores do Incra, em Santarém (PA), lançaram no dia 1►7 de abril uma
carta pública de reivindicações. A iniciativa decorre da recente troca
no comando da Superintendência, em que o servidor de carreira, Claudinei
Chalito da Silva, engenheiro agrônomo, foi exonerado para dar lugar a
Adaías Cardoso Gonçalves. A portaria de nomeação do novo superintendente
foi publicada no dia 30 de março, surpreendendo os servidores, que
foram excluídos de qualquer discussão.
A carta foi elaborada durante assembleia
realizada no dia 1º de abril, na sede do Incra em Santarém, e que
congregou diferentes categorias do órgão. “Reafirmamos o nosso repúdio à
interrupção do processo que vinha se construindo na SR 30, através do
diálogo com os servidores, prestadores de serviço, público beneficiário,
movimentos sociais, órgãos de controle e outros órgãos públicos da
região e exigimos o imediato cumprimento dos critérios do Decreto
Presidencial nº 3.135/1999 para a escolha dos superintendentes”, destaca
o documento.
TROCA DE COMANDO: O
ex-superintendente do Incra, Claudinei Chalito da Silva, indicado pelo
PT, foi exonerado do cargo, dando lugar a Adaías Cardoso Gonçalves,
indicado pelo deputado federal Francisco Aguiar, o “Chapadinha”, do PTN.
A troca na Superintendência do Incra em
Santarém foi confirmada, por meio de publicação da portaria 126, seção
2, página 40, do Diário Oficial da União, que exonerou Claudinei Chalito
e nomeou Adaias Gonçalves. Ato foi assinado pela presidente do Incra,
Maria Lúcia Falcón.
Claudinei Chalito da Silva assumiu o
cargo no dia 15 de setembro do ano passado, após o então superintendente
Luiz Bacelar Guerreiro Junior ter sido preso pela Polícia Federal, na
manhã do dia 24 de agosto de 2015, durante a operação “Madeira Limpa”.
Bacelar foi exonerado do cargo no dia 26 de agosto de 2015, após ter
sido preso acusado de participar de uma quadrilha que praticava o
comércio ilegal de madeira no Pará, Amazonas e Santa Catarina.
De acordo com o Ministério Público
Federal (MPF), Bacelar permitia que empresários do ramo da madeira
explorassem ilegalmente assentamentos da região. “Não só dos
assentamentos, mas das unidades de conservação que rodeiam esses
assentamentos utilizando, inclusive, a mão de obra desses assentados, ao
mesmo tempo em que impedia que os benefícios que deveriam ser
destinados, e que são direitos dos assentados, não acontecessem. Obstava
de uma forma dolosa que esses benefícios chegassem até os assentamentos
deixando as comunidades absolutamente rendidas a uma situação de
completo abandono”, afirmou a procuradora da República, Fabiana
Schneider.
O novo superintende do Incra, o
engenheiro agrônomo Adaías Gonçalves, trabalhou na Secretaria Municipal
de Meio Ambiente de Santarém e ultimamente estava prestando serviços à
Prefeitura de Mojuí dos Campos. Segundo a assessoria de imprensa do
Incra, Chalito voltou para o Estado do Paraná, onde tem familiares.
Até o fechamento desta reportagem ainda não tínhamos um nome que irá comandar a Superintendência do Incra em Santarém.
Fonte: RG 15/O Impacto