Entrega de moradias aconteceu simultaneamente em 4 cidades brasileiras.
Em Santarém, Residencial Salvação deve beneficiar 3.081 famílias.

Essa é a primeira visita de Dilma Rousseff na cidade, desde o início do Governo. Ao desembarcar no aeroporto Maestro Wilson Fonseca, a presidente seguiu direto para a residencial Salvação, que fica localizado as margens da Rodovia Fernando Guilhon. Na chegada, Dilma foi recebida e aplaudida por autoridades locais, beneficiários do programa e ainda por militantes do Partido dos Trabalhadores (PT). Uma multidão esperava a subida de Dilma no palanque principal. Eles gritavam palavras de ordem, dizendo não ao golpe, não ao impeachment e davam apoio ao Governo.

(Foto: Weldon Luciano/G1)
Durante o seu pronunciamento, Dilma ressaltou a importância do Minha Casa Minha Vida para os brasileiros, em especial para as famílias santarenas. A presidente enfatizou que o seu governo fará todos os esforços para manter todos os programas sociais que desenvolve desde o início do seu governo. “Eu acho que o Minha Casa Minha Vida é o mais importante programa do meu governo. Ele é o mais importante porque ele é o mais bem sucedido programa de habitação popular. Nunca no Brasil houve um programa dessas dimensões”, comentou.


(Foto: Weldon Luciano/G1)
Pelos menos 5 mil pessoas acompanharam o pronuncianento da presidente da república. Durante o discurso, de quase 40 minutos, a presidente Dilma destacou a importância das mulheres e das mães na sociedade. A presidente destacou ainda a importância dos programas Bolsa Família, Programa Universidade Para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A presidente visitou uma das casas do residencial e conheceu a família de Alessandra Lima, uma das beneficiadas pelo programa em Santarém. Após a cerimônia de entrega das casas Dilma seguiu para o aeroporto, onde retornou para Brasília (DF).
Processo de impeachment
Durante a cerimônia, Dilma voltou a falar que considera o processo de impeachment um golpe. “O Brasil está vivendo momentos muito difíceis. (...) Nós estamos correndo o risco de um golpe. Eu chamo isso de golpe porque é fato que o impeachment está previsto na nossa constituição. Está lá na constituição escrito que o impeachment é possível de ser feito. Mas não é uma coisa assim, pode fazer o impeachment do jeito que você quiser. Não, é preciso que exista um crime de responsabilidade. E eu não cometi crime de responsabilidade”, disse.A presidente afirmou que, com o processo de impeachment, a oposição está tentando fazer uma eleição indireta para assumir seu cargo. “Se ninguém consultar vocês nas eleições diretas, uma proposta que chegar aqui e falar ‘vou acabar, vou reduzir ou vou rever o Minha Casa Minha Vida’, vocês vão aprovar? Não vão, não. Então como uma pessoa que quer fazer isso resolve o programa dela? Faz uma eleição indireta e veste a eleição indireta com a roupa do impeachment”, afirmou Dilma.
Dilma também disse que não vai ficar com os braços cruzados diante da situação atual do país e que vai lutar pelo mandato. “Eu acho que estou sendo vítima de uma injustiça. Eu tenho consciência disso. Isso não vai me desmobilizar, não. Não vou ficar parada esperando o ônibus passar. Eu vou lutar pelo meu mandato. Eu vou lutar pelo meu mandato porque eu tenho responsabilidade em relação à democracia do meu país”, disse Dilma.
A presidente ainda afirmou que a oposição faz o jogo do “quanto pior, melhor” e que “o senhor Eduardo Cunha, desde o início do ano, não deixa o congresso funcionar”. Mais cedo nesta quinta, durante a cerimônia de início da operação comercial da usina hidrelétrica de Belo Monte, a presidente afirmou que o afastamento de Cunha (PMDB-RJ) do seu mandato como deputado federal e, consequentemente, da presidência da Câmara dos Deputados ocorreu "antes tarde do que nunca". A única coisa que eu lamento, mas eu falo antes tarde do que nunca, é que infelizmente ele conseguiu (...)", disse a presidente.