Barcos desafiam leis e aportam em local proibido na orla de Santarém
Barcos tomaram o lugar turístico e obstruem a visão de quem usa aquela área da Orla
Mais um flagrante de desrespeito público
e declarado acinte às leis municipais está sendo praticado pelos donos
de embarcações que fazem linha para as zonas ribeirinhas de Santarém e
outras cidades da região. Não se sabe se por falta de fiscalização ou
por desconhecer as normas municipais; fato é que todos os dias dezenas
de barcos se aglomeram na parte da Orla, bem em frente a um dos maiores
cartões postais da cidade, que é a Praça da Matriz e a Igreja de Nossa
Senhora da Conceição.
Apesar da constante desorganização na
área portuária, uma obra de grandes proporções está sendo feita, ao que
parece com objetivo em melhorar a estrutura de embarque e desembarque em
toda extensão do local. Mas até agora, por conta dessa obra, continua
tudo desorganizado. Os barcos tomaram o lugar turístico e obstruem a
visão de quem usa a área da Orla para pescar e outros que usam o local
para passear com a família, e aproveitar para se deliciar com a brisa e a
paisagem do Crepúsculo.
QUEIXAS: O aposentado
Salatiel Pinto conta que sente tristeza em ver aquela parte da Orla,
onde ele freqüentava com seus netos, e que deveria ser usada para
passeio, está tomada pelos barcos. “Eles não tem culpa, o que deveria
era ter uma fiscalização aqui, para que este abuso não viesse a
acontecer”, citou o aposentado. Junto com ele, vários outros
freqüentadores da Orla e famílias seguem o mesmo rumo das queixas. “É
muito triste, isso sem contar a falta de segurança que existe aqui”,
disse Argemira Salgado, professora aposentada.
Uma lei para coibir esse abuso, já
deveria ser arquitetada por nossos representantes vereadores, na Câmara
Municipal, para que se faça uma fiscalização mais intensa naquele local.
Mas nem uma coisa, nem outra acontecem. E o povo acostumado a
vislumbrar a beleza do Tapajós e Amazonas agora se depara com barcos
cheiros de passageiros e cargas, vindos de zonas ribeirinhas.
Também há denúncias de que pessoas que
trabalham nas embarcações que ficam atracadas nesta parte da Orla,
colocam mesas e cadeira em cima do cais para jogar baralho, dominó e
consumirem bebidas alcoólicas, prejudicando a passagem das pessoas que
usam o cais para a prática de Cooper. Muita gente já foi agredida por
essas pessoas que se apossaram do cais. Também há denúncias de que em
frente aos mercados Modelo e Municipal, “papudinhos” estão cobrando
pedágio das pessoas que fazem caminhadas.
Outro fato que chama atenção é com
relação ao congestionamento de veículos nesse trecho, onde taxis,
mototaxis, caminhões baús e outros veículos se amontoam para descarregar
ou carregar mercadorias, bem como passageiros. O que se vê é uma falta
de fiscalização por parte da SMT, pois ninguém respeita ninguém e
veículos estacionam em fila dupla, obstruindo a passagem de quem trafega
pela Avenida Tapajós.
Fato é que por falta de fiscalização
mais intensa, por parte dos órgãos públicos ou da Capitania dos Portos,
ou mesmo por falta de opção para remanejar as embarcações, a Orla, em
frente à Igreja Matriz, virou uma imensa balbúrdia. Mais um escambau
ilustrado que se divulga e que serve para enfraquecer ainda mais o
brilho da Pérola do Tapajós.
Por: Carlos Cruz
RG 15/O Impacto/Blog do Colares