sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Servidores municipais são humilhados na Caixa Econômica Federal

Agência do Banco totalmente lotada e clientes reclamam do péssimo atendimento


Servidores municipais lotam agência da Caixa em Santarém
Servidores municipais lotam agência da Caixa em Santarém
Afinal de contas, por qual motivo o pagamento dos mais de 11 mil funcionários públicos do município de Santarém foi transferido para Caixa Econômica Federal? A negociação comercial que gerou um possível incremento na Receita da Prefeitura, que chegou a casa dos milhões de reais, virou foi um pesadelo na vida da população, em especial dos servidores municipais.
A Prefeitura justificou – de forma não oficial-, que a mudança de Banco, além de proporcionar uma importante receita para os cofres públicos, proporcionaria um melhor atendimento aos servidores, uma vez que a Caixa Econômica Federal possui três agências em Santarém, sem contar com as dezenas de Casas Lotéricas espalhadas pelos quatro cantos da cidade.
No entanto, o que ficou demonstrado, foi a completa ineficiência para atender a contento, tanto os clientes habituais, como os novos 11 mil clientes. Por todo o decorrer desta semana, foram observadas filas enormes que circulavam a Agência da Avenida Tapajós. Pessoas relataram à nossa equipe de reportagem, que alguns clientes até passaram mal. Ainda segundo os relatos de clientes, no setor de Caixas Eletrônicos, “dava a sensação de estarmos em uma lata de sardinha de tão apertado/lotado que o local estava”, disseram.
“Tivemos relatos de pessoas que estavam na fila em uma casa lotérica, quando em determinado momento, um funcionário informou, que as pessoas que estavam na fila, que fossem funcionários da Prefeitura a procura de sacar o salário, que poderiam procurar outro local, pois não havia dinheiro para pagá-los”, denunciou o presidente em exercício do Sindicato dos Profissionais de Educação de Santarém (Sinprosan), Carlos Assis.
De acordo com o profissional da educação, o Sindicato já procurou a Caixa Econômica Federal e Secretaria Municipal de Educação para pedir solução para o descaso que os servidores estão enfrentando.
“Estamos reunindo com a Caixa e com a Semed para resolver este problema. Queremos uma resposta. São problemas pontuais? Tem como resolver? Ou são problemas que vão permanecer causando estes transtornos na vida do servidor? Enfim, estamos aguardando as respostas”, informou Assis.
Questionado sobre as providências que o Sinprosan irá tomar caso a situação permaneça, e se a entidade acredita que a Caixa Econômica pode proporcionar um melhor atendimento, Carlos Assis foi direto. “Eu quero acreditar que sim, porque é uma instituição pública, e de repente chama esta responsabilidade para si. Nós sabemos que tem os interesses, a questão do lucro. Porém, são novos clientes, eles têm que dar jeito de atender com qualidade. Tem que oferecer condições, porque nós temos o Código de Defesa do Consumidor, nós somos defensores jurídicos da categoria, e vamos cobrar veementemente, vamos procurar o Procon, o Ministério Público, sejam quem for, eles vão ter que oferecer condições, e também a Prefeitura, que foi a responsável direta por esta mudança, por essa migração, por esta mudança de folha.  A Caixa tem que arcar com a responsabilidade dela, já que chamou a responsabilidade para si, tem que oferecer logística, estrutura e funcionalidade, porque nós não podemos continuar a arcar com os problemas que não são nossos”, declarou Carlos Assis.
Fonte: RG 15/O Impacto