Agência do Banco totalmente lotada e clientes reclamam do péssimo atendimento
Servidores municipais lotam agência da Caixa em Santarém
Afinal de contas, por qual motivo o
pagamento dos mais de 11 mil funcionários públicos do município de
Santarém foi transferido para Caixa Econômica Federal? A negociação
comercial que gerou um possível incremento na Receita da Prefeitura, que
chegou a casa dos milhões de reais, virou foi um pesadelo na vida da
população, em especial dos servidores municipais.
A Prefeitura justificou – de forma não
oficial-, que a mudança de Banco, além de proporcionar uma importante
receita para os cofres públicos, proporcionaria um melhor atendimento
aos servidores, uma vez que a Caixa Econômica Federal possui três
agências em Santarém, sem contar com as dezenas de Casas Lotéricas
espalhadas pelos quatro cantos da cidade.
No entanto, o que ficou demonstrado, foi
a completa ineficiência para atender a contento, tanto os clientes
habituais, como os novos 11 mil clientes. Por todo o decorrer desta
semana, foram observadas filas enormes que circulavam a Agência da
Avenida Tapajós. Pessoas relataram à nossa equipe de reportagem, que
alguns clientes até passaram mal. Ainda segundo os relatos de clientes,
no setor de Caixas Eletrônicos, “dava a sensação de estarmos em uma lata
de sardinha de tão apertado/lotado que o local estava”, disseram.
“Tivemos relatos de pessoas que estavam
na fila em uma casa lotérica, quando em determinado momento, um
funcionário informou, que as pessoas que estavam na fila, que fossem
funcionários da Prefeitura a procura de sacar o salário, que poderiam
procurar outro local, pois não havia dinheiro para pagá-los”, denunciou o
presidente em exercício do Sindicato dos Profissionais de Educação de
Santarém (Sinprosan), Carlos Assis.
De acordo com o profissional da
educação, o Sindicato já procurou a Caixa Econômica Federal e Secretaria
Municipal de Educação para pedir solução para o descaso que os
servidores estão enfrentando.
“Estamos reunindo com a Caixa e com a
Semed para resolver este problema. Queremos uma resposta. São problemas
pontuais? Tem como resolver? Ou são problemas que vão permanecer
causando estes transtornos na vida do servidor? Enfim, estamos
aguardando as respostas”, informou Assis.
Questionado sobre as providências que o
Sinprosan irá tomar caso a situação permaneça, e se a entidade acredita
que a Caixa Econômica pode proporcionar um melhor atendimento, Carlos
Assis foi direto. “Eu quero acreditar que sim, porque é uma instituição
pública, e de repente chama esta responsabilidade para si. Nós sabemos
que tem os interesses, a questão do lucro. Porém, são novos clientes,
eles têm que dar jeito de atender com qualidade. Tem que oferecer
condições, porque nós temos o Código de Defesa do Consumidor, nós somos
defensores jurídicos da categoria, e vamos cobrar veementemente, vamos
procurar o Procon, o Ministério Público, sejam quem for, eles vão ter
que oferecer condições, e também a Prefeitura, que foi a responsável
direta por esta mudança, por essa migração, por esta mudança de folha. A
Caixa tem que arcar com a responsabilidade dela, já que chamou a
responsabilidade para si, tem que oferecer logística, estrutura e
funcionalidade, porque nós não podemos continuar a arcar com os
problemas que não são nossos”, declarou Carlos Assis.
Fonte: RG 15/O Impacto