Motoristas fazem malabarismo para desviar seus veículos dos buracos
Muitos buracos causam danos aos veículos e provocam acidentes
A grande quantidade de buracos na
rodovia Fernando Guilhon, no trecho compreendido entre o viaduto e a
primeira rotatória, próximo a entrada do bairro Maracanã, virou motivo
de preocupação de condutores de veículos. O trecho localizado entre a
terceira rotatória e a entrada do Residencial Salvação também apresenta
inúmeros problemas.
Quem trafega no local constata a
situação de abandono da principal via de ligação entre a zona urbana de
Santarém às praias da cidade, além do aeroporto maestro Wilson Fonseca.
Motoristas e motociclistas fazem
‘malabarismo’ para trafegar no local, na tentativa de escapar dos
buracos. Inconformados com a situação, os condutores de veículos pedem
providências por parte da administração pública. Vários acidentes foram
registrados por órgãos de segurança, no referido trecho, nos últimos
dias.
Segundo moradores das proximidades, há
alguns anos eles esperam o melhoramento na estrutura da via. Por quase
toda a extensão da Rodovia Fernando Guilhon é possível encontrar
problemas. Muitos buracos, lixo acumulado, além da obra de duplicação
não concluída. “A buraqueira parece que não tem fim”, reclama a dona de
casa Rosângela Cardoso.
Considerada área nobre de Santarém, onde
ficam localizados grandes lojas, supermercados e um shopping, a via
também atende turistas e demais visitantes que procuram os principais
balneários da cidade, em busca de lazer, como as praias de Alter do
Chão, conhecidas mundialmente como o “Caribe Brasileiro”.
A obra de duplicação da Rodovia Fernando
Guilhon, no trecho que vai da terceira rotatória até a entrada do
Residencial Salvação teve início em outubro de 2014. Após paralisação,
ela foi retomada em agosto de 2015. Na época, a Prefeitura de Santarém,
por meio do Núcleo de Gerenciamento de Obras Especiais (NGO), garantiu
que realizaria os serviços de terraplenagem para que fosse realizada a
pavimentação da via em pista dupla.
A obra previa: ciclovia, calçadas com acessibilidade, pavimentação asfáltica, sinalização e faixas para pedestres, drenagem profunda e superficial. Próximo ao Rio Tapajós Shopping haveria pista de aceleração e desaceleração, com baias para o transporte coletivo.
Essa primeira etapa mediria 1.440 metros de extensão. Uma segunda etapa estaria prevista para ocorrer até a Rodovia Everaldo Martins (PA 457), na entrada para a Vila Balneária de Alter do Chão, totalizando 2.060 metros de extensão.
A obra previa: ciclovia, calçadas com acessibilidade, pavimentação asfáltica, sinalização e faixas para pedestres, drenagem profunda e superficial. Próximo ao Rio Tapajós Shopping haveria pista de aceleração e desaceleração, com baias para o transporte coletivo.
Essa primeira etapa mediria 1.440 metros de extensão. Uma segunda etapa estaria prevista para ocorrer até a Rodovia Everaldo Martins (PA 457), na entrada para a Vila Balneária de Alter do Chão, totalizando 2.060 metros de extensão.
Passado um ano e três meses, quem
trafega no local constata a falta de finalização da obra e inúmeros
problemas que geram reclamações diárias de condutores de veículos.
TRANSTORNOS: As obras
de duplicação da Fernando Guilhon têm gerado transtornos e insegurança
ao moradores das proximidades. Segundo eles, as obras estão paralisadas,
e devido a aproximação do período chuvoso, parte das residências que
estão com a estrutura comprometida, poderão desabar.
Os moradores afirmam que estão preocupados com os investimentos que fizeram para amenizar os problemas ocasionados pela obra e os prejuízos que correm risco de contabilizar com a paralisação dos serviços e o início do período chuvoso (inverno amazônico). “Já fiz investimento de cerca de R$ 20 mil na reforma da calçada de minha residência, mas estou preocupada com os prejuízos que poderão surgir. Eles falam que não vão fazer agora devido a aproximação das chuvas e, que é para eu aguardar a Prefeitura concluir a obra. Até lá é arriscado eu perder o telhado da minha casa”, conta a empresária Ivete Pedroso.
Os moradores afirmam que estão preocupados com os investimentos que fizeram para amenizar os problemas ocasionados pela obra e os prejuízos que correm risco de contabilizar com a paralisação dos serviços e o início do período chuvoso (inverno amazônico). “Já fiz investimento de cerca de R$ 20 mil na reforma da calçada de minha residência, mas estou preocupada com os prejuízos que poderão surgir. Eles falam que não vão fazer agora devido a aproximação das chuvas e, que é para eu aguardar a Prefeitura concluir a obra. Até lá é arriscado eu perder o telhado da minha casa”, conta a empresária Ivete Pedroso.
TRÂNSITO PERIGOSO NA 3ª ROTATÓRIA: Um
local que está deixando os moradores e motoristas bastantes temerosos é
na 3ª rotatória, que dá entrada ao Residencial Salvação. Nesse trecho,
que não é sinalizado, vários acidentes já aconteceram, inclusive com
vítimas fatais. Os acidentes são freqüentes principalmente nos finais de
semana e feriados, quando a população se dirige aos balneários da
cidade e também ao aeroporto Maestro Wilson Fonseca. A rotatória fica
perigosa, também, com as pessoas que vão ao Rio Tapajós Shopping, pois a
saída tem que ser por lá. O acidente mais recente aconteceu na tarde de
terça-feira (15) entre dois veículos, deixando três pessoas feridas,
que sofreram fraturas pelo corpo e foram levadas ao PSM. Após a batida,
os moradores do Residencial bastantes revoltados, interditaram a pista,
fazendo com que os motoristas passassem com seus veículos pela lateral
da rotatória. Todos são unânimes (moradores e motoristas) em afirmar que
aquela rotatória tem que ter uma sinalização semafórica, para evitar
novos acidentes. Eles apelam às autoridades.
ACIDENTADOS NO TRÂNSITO SUPERLOTAM HOSPITAIS: “Os
acidentes ocorrem quase todos os dias, intensificando ainda mais nos
feriados e nos finais de semana, superlotando os corredores do Hospital
Municipal”, afirmou a vereadora Ivete Bastos (PT).
Ivete Bastos demonstrou preocupação com
relação ao número elevado de acidentes de trânsito em Santarém. Ela
disse que as ocorrências são alarmantes, pois dependendo da gravidade do
acidente provoca a morte das pessoas e, em outros casos, deixa sequelas
profundas, levando as vítimas com invalidez permanente, principalmente
os jovens. “É um absurdo. Os acidentes ocorrem quase todos os dias,
intensificando ainda mais nos feriados e nos finais de semana,
superlotando os corredores do Hospital Municipal, porque já não tem
condições de receber tantos acidentados na sala de sutura, na reanimação
e nos centros cirúrgicos”. Ivete acrescentou que tudo isso também
provoca a superlotação do Hospital Regional que atua com o tratamento de
alta complexidade.
A Vereadora propõe que sejam verificadas
as causas para tantos acidentes que acabam inviabilizando as cirurgias
eletivas, bem como no tratamento de outros pacientes. Além disso,
principalmente no Hospital Municipal, se não bastasse tantas ocorrências
faltam também materiais hospitalares básicos.
Sobre o elevado número de acidentes em
Santarém, Ivete Bastos pede que as autoridades encontrem uma maneira de
amenizar a situação, uma vez que a cada dia os hospitais da cidade estão
se tornando um caos.
A vereadora manifestou preocupação com
os traumas causados às famílias e às vitimas, que sofrem grandes danos
psicológicos em decorrência dos acidentes, mas, além disso, segundo ela,
está se criando no País uma legião de mutiladas, na maioria dos casos
envolvendo os jovens. Essas pessoas vão se tornar pesadas à previdência
social, haja vista que a maioria vai ter um benefício pago pelo
contribuinte para o resto da vida. “Penso que está faltando a presença
constante dos órgãos responsáveis pelo trânsito, assim como leis mais
rígidas e uma educação eficientes, que se preocupe com a prevenção dos
acidentes de trânsito”, finalizou Ivete Bastos.
Por: Jefferson Miranda