Já está pronto o esboço inicial do que viria a ser a privatização de parte do setor elétrico nacional.
Nesta
primeira leva, que poderá ir ao martelo em 2018, caso o governo Temer
consiga se consolidar frente aos fortes ventos que lhe maltratam as
velas, poderão ser privatizadas até 14 das 47 usinas hidrelétrica
pertencentes à Chesf, Furnas e Eletronorte, todas subsidiárias da
Eletrobrás.
A abertura da porteira para iniciar o
processo depende da reforma dos marcos legais do setor elétrico,
proposto ao Congresso, pelo Ministério de Minas e Energia no início de
julho, pouco notado pela imprensa que está de olhos voltados ao
desenrolar da denúncia contra Michel Temer.
As
usinas que serão ofertadas inicialmente já são antigas e de relativo
pouco valor se comparadas às joias da coroa do sistema, que também estão
ruins das turbinas, por conta de defasagens tarifárias que não foram
compensadas com a atualização do sistema.
O plano
de privatização, embora ainda esteja guardado a sete chaves, prevê,
segundo que já o enxergou, o reforço de caixa do sistema como um todo e
“prepara o sistema elétrico para uma nova forma de comercializar a
energia produzida pelas usinas”.
As 14 usinas
listadas para o piloto têm, juntas, capacidade instalada de 13.907,51
megawatts, o que, em tese, atende 20 milhões a 25 milhões de
residências.