
Prestadores de serviços não recebem há pelo menos duas partidas
Nesta semana a equipe do São Raimundo
recebeu uma boa notícia em relação à sua participação na Copa do Brasil
em 2019. Como o Paysandu consagrou-se campeão da Copa Verde, a terceira
vaga de um time paraense caiu no colo do Pantera.
Infelizmente, a alegria dos torcedores
alvinegros, contrasta com a tristeza dos Bombeiros Civis e Seguranças
que atuam no Colosso do Tapajós, durante as partidas do São Raimundo.
Segundo denúncias que chegaram até nossa
redação, os profissionais contratos para prestarem os serviços que são
exigências do Estatuto do Torcedor, estão há pelo menos duas partidas
sem receberem os honorários.
“Além de pagarem valores abaixo do
mercado, não quitam o período trabalhado. Dizem que pagam depois do
jogo, e quando chega na hora dizem que não têm dinheiro. Isso é um
absurdo, pois se estamos ali, é porque precisamos do dinheiro. O que
mais traz indignação, é que eles sequer determinam uma data para o
pagamento, ficam todo tempo enrolando”, disse um dos profissionais, que
não quis se identificar.
Diante do absurdo, os Bombeiros Civis e
Seguranças mostram-se indignados com o calote, e solicitam que os
diretores do clube façam o pagamento.
Os prestadores de serviço, afirmam, que
eles não têm culpa dos torcedores não comparecem às partidas, e a renda
ficar comprometida. As dificuldades que atingem o Pantera santareno, não
são de hoje. Ano passado o time teve sua participação interrompida, em
competição nacional, que poderia ter rendido receitas maiores com os
prêmios.
Erro ‘amador’ tira São Raimundo do Brasileirão da Série D – Em
2017, o Pantera teve sua participação interrompida na competição
nacional, e pela segunda vez o time foi punido em uma competição
nacional.
O Superior Tribunal de Justiça
Desportiva (STJD) julgou e puniu, a equipe santarena, denunciada pela
escalação irregular do jogador Leandro Gleidson Diniz Seixas, em partida
contra a equipe do Baré de Roraima, no dia 11 de junho. O caso fez com
que a CBF adiasse os jogos da segunda fase da competição até a
definição. Com a decisão unânime do tribunal, o clube paraense perdeu
três pontos e foi eliminado. O São Raimundo, além da perda de pontos,
teve que pagar multa de R$ 1 mil. Negligência, ineficiência,
incompetência, amadorismo; a lista de adjetivos é infinita para
descrever a inoperância daqueles que se apontam como diretores de
futebol profissional. Se levarmos em consideração o que diz o ditado
popular: “Errar uma vez é humano. Errar duas vezes é burrice, podemos
acrescenta mais um adjetivo, que pode muito bem explicar o ocorrido”,
disse um torcedor.
Na época, revoltados, os torcedores
questionaram: Como pode uma diretoria composta de vários ‘advogados’,
deixar um simples contrato de jogador que não foi aditivado, jogar no
lixo todo um planejamento para uma competição tão importante, bem como a
expectativa de uma massa inteira?
Por Edmundo Baía Júnior
Fonte: RG 15/O Impacto