quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Análise: nocaute na bola parada consagra um Flamengo que prova a Renato ser o melhor do Brasil

Rubro-Negro mostra repertório, atropela um Grêmio golpeado durante todo confronto e manda dez bolas para o fundo das redes (quatro gols anulados) nos dois jogos. Jesus tem o time na mão

Rodrigo Caio comemora o quinto gol do Flamengo contra o Grêmio — Foto: André Durão / GloboEsporte.com
O nocaute veio na bola parada, mas seria muito injusto resumir a isso a classificação do Flamengo para a grande final da Libertadores. Na verdade, o que se viu em todo confronto com o Grêmio foi um atropelamento. No somatório das duas partidas, Paulo Victor teve que buscar dez bolas no fundo do gol (quatro dos gols foram anulados) em performance que não deixa dúvidas para o questionamento mais repetido dos últimos meses: Jorge Jesus desbancou Renato, e é do Rubro-Negro o melhor futebol do Brasil.
Falando especificamente do que aconteceu no Maracanã, o 5 a 0 foi construído com a maturidade e letalidade de um Flamengo que a cada jogo que passa dá mostras de que repertório não falta para encarar as dificuldades impostas pelo adversário. E temos que ser justos: o Grêmio soube ser um rival à altura no primeiro tempo.

Flamengo x Grêmio

  • Posse de bola: 58% x 42%
  • Finalizações: 17 x 7
  • Chances reais: 11 x 2
  • Passes trocados: 384 x 154
  • Faltas cometidas: 10 x 19
  • Roubadas e desarmes: 39 x 25
Com marcação alta e espelhada na saída de bola do Flamengo com três jogadores (os zagueiros e Willian Arão), além de Matheus Henrique acompanhando de perto Gérson, os gaúchos congestionavam o meio e por muitas vezes obrigavam os donos da casa a apelarem para o chutão. Sem a bola trabalhada, o jogo ficou truncado no meio de campo e os gremistas invariavelmente exploravam a velocidade de Everton Cebolinha contra um recém-recuperado Rafinha.
Quarteto ofensivo do Flamengo em ação novamente — Foto: André Durão / GloboEsporte.com
Placar expressivo e e justo para um Flamengo senhor do jogo, senhor do confronto, senhor do Brasil. E que tem motivos de sobra para acreditar se tornar também senhor da América.