sexta-feira, 10 de julho de 2015

PF NA COLA DO INCRA

Polícia Federal investiga corrupção no INCRA

Olavo Pimentel investiga denúncia e Luiz Bacellar nega envolvimento de servidores do Incra


Delegado Olavo Pimentel está à frente das investigações que apuram supostas fraudes. Luiz Bacellar não acredita no envolvimento de servidores do Incra
Delegado Olavo Pimentel está à frente das investigações que apuram supostas fraudes. Luiz Bacellar não acredita no envolvimento de servidores do Incra
A Polícia Federal, ao comando do delegado Olavo Pimentel, deflagrou na semana passada, nos municípios de Santarém e Mojuí dos Campos, a operação denominada “Filial”, em alusão a um escritório de consultoria onde se realizavam os processos de intermediação e venda ilegal de lotes, que seriam originalmente destinados aos beneficiários da Reforma Agrária. Entre os assentamentos que podem ter sido alvo dos infratores, está o Corta Corda, na região da Rodovia Estadual Curuá-Una.
Participaram da ação aproximadamente vinte e cinco policiais federais, que tem como objetivo investigar o envolvimento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), na venda ilegal de lotes, uso de laranjas para regularização fundiária com vista a favorecimento de madeireiros.
De acordo com a PF, ao todo foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão de documentos, pastas, pendrives, HDs externos e notebooks. Sendo: um na Sede do INCRA em Santarém, outro no escritório da empresa de consultoria que intermediava as negociações, e na casa de um servidor do INCRA e nas casas de mais duas pessoas envolvidas nas fraudes.
“Recebemos informações, com denúncias de que um escritório estaria fazendo regularizações em nome de ‘laranjas’, pessoas, e os verdadeiros beneficiados seriam outros, com possível participação de alguns servidores públicos do INCRA”, ressaltou o delegado de Polícia Federal, Olavo Pimentel, à nossa reportagem.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal com a intenção de que entre os materiais constem provas que possam ajudar a investigar e confirmar as possíveis irregularidades.
Entre os crimes cometidos estão: corrupção de servidores públicos, prevaricação, invasão de terras públicas e crimes ambientais.
A investigação encontra-se sobre segredo de justiça, portanto, não foram divulgados nomes das pessoas envolvidas.