Ao Pará renderia 126 milhões de reais para compensação dos impactos sociais e ambientais, mas 92 milhões foram destinados ao Parque Nacional de Juruena, na divisa dos estados do Mato Grosso e Amazonas. “Dos 126 milhões coube ao Pará apenas 6,5 milhões. Isso é inaceitável.
O vereador Silvio Amorim (PRTB), nesta terça-feira, 23/02, na Câmara de Santarém denunciou o que ele denominou uma situação vergonhosa. De acordo com Amorim, para as compensações sociais e ambientais sobre a construção da Usina Belo Monte, na cidade de Altamira renderiam 126 milhões de reais, mas 92 milhões foram destinados ao Parque Nacional de Juruena, na divisa dos estados do Mato Grosso e Amazonas. “Dos 126 milhões coube ao Pará apenas 6,5 milhões. Isso é inaceitável. Não tem como aguentar mais esse tratamento de discriminação ao Pará, enquanto que os melhores benefícios são destinados a outros estados”, criticou.
O vereador lembrou que estão em andamento a construção de outras hidrelétricas ao longo do rio Tapajós, na região Oeste do Pará e se for avaliar pela necessidade, Amorim disse que a região não precisa de hidrelétrica, uma vez que não se têm indústrias. Com isso, o vereador propõe que se estabeleça um diálogo mais sério com o governo federal, para que os grandes projetos também beneficiem as populações locais, caso contrário, como tem ocorrido historicamente, o Brasil ficará sempre com os Bônus e Pará com o ônus social e ambiental, o que é lamentável e lastimável.