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15.dez.2015
- Movimentação de policiais federais em frente à casa do presidente da
Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Barra da Tijuca, zona oeste
do Rio de Janeiro. A Polícia Federal faz nesta terça-feira (15), por
ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), uma operação de busca e
apreensão na casa de Cunha. O deputado é acusado de corrupção e lavagem
de dinheiro pela Procuradoria-Geral da República nas investigações da
Operação Lava Jato
VEJA MAIS > Imagem: Fábio Motta/Estadão Conteúdo
Não
se fala noutra coisa. A corrupção generalizou-se de tal forma no Brasil
que ficou impossível mudar de assunto. Pode-se, no máximo, mudar de
corrupto. Pela primeira vez desde a chegada das caravelas, a gatunagem é
combatida em toda sua latitude. E a plateia, que morria de passividade,
passou a viver uma epidemia de cólera, desnorteando as autoridades.
Uma
característica curiosa da corrupção era observada nos partidos
políticos. O corrupto estava sempre nas outras legendas. Agora, ele está
em toda parte. Outro traço marcante era que, guiando-se por algum
autocritério, todos os políticos eram probos. Hoje, são honestos apenas
até a próxima delação. O suor do dedo respinga em todos —de vermelhos a
bicudos. Não se salvam nem os mortos.
Não há mais alternância no
poder. O que existe é uma mera mudança de cúmplices. Confirmou-se a
velha suspeita de que o sistema político brasileiro não é constituído
por três poderes, mas quatro: o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e
o Dinheiro, que paira sobre os outros.
Todo aquele idealismo,
aquele ímpeto de servir à sociedade, aquela ânsia de entregar-se ao bem
público, toda aquela conversa estava impulsionada pela grana. Para
entender o Brasil, era indispensável um certo distanciamento. Que
começava com a abertura de contas secretas (se preferir, pode me chamar
de
trusts) na Suíça.
Dois fenômenos empurram a política
para os novos tempos: a disposição dos países estrangeiros de colaborar
no combate à roubalheira e a percepção de que corrupção passou a dar
cadeia no Brasil. Para reduzir as penas, os corruptos levam os lábios ao
trombone, oferendo matéria-prima para o avanço das investigações. Hoje,
quem ama o feio leva muito susto.
Ouve-se ao fundo um zunzunzum a
favor da fixação de um prazo para as investigações. “Os principais
agentes da Lava Jato terão a sensibilidade para saber o momento de
aprofundar ao extremo e caminhar para uma definição final. Isso tem que
ser sinalizado”, disse o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) dias
atrás. Hã, hã… O país não pode ficar dez anos nessa situação”, ecoou
Michel Temer. Hummm!
Já está entendido que desse mato não sai
coelho. Sai apenas jacaré, Renan, cobra, Sarney, hiena, Jucá, gambá,
Cunha, porco-espinho, Zé Dirceu, gorila, Vaccari e um etcétera
pluripartidário. Pela primeira vez, a oligarquia é investigada,
encarcerada e presa. Verificadas as circunstâncias, é possível ser
otimista a, vá lá, médio prazo, e ver o lado bom das coisas, mesmo que
seja preciso procurar um pouco.
Num instante em que a força-tarefa
de Curitiba começa a abrir filiais em São Paulo, Rio de Janeiro e
Pernambuco, fica claro que a saída para o combate à roubalheira é a
federalização do modelo Lava Jato de investigação, uma engrenagem que
tritura o crime com quatro pontas: Polícia Federal, Receita Federal,
Ministério Público e Judiciário.
Se as últimas investigações
demonstram alguma coisa é que o sistema político brasileiro apodreceu. A
corrupção tornou-se um atributo congênito do político, como as escamas
do peixe. A
cosa nostra só voltará a ser coisa nossa quando os larápios se convencerem de que a festa acabou.
Como
disse Temer, “o país não pode ficar dez anos nessa situação”. Contra um
assalto intermitente, exige-se uma vigilância permanente. A política
brasileira talvez volte ao normal se for condenada à Lava Jato perpétua.Por acordo, Cunha diz
que pode renunciar à presidência da Câmara
Alan Marques -21.jun.2016/Folhapress
Eduardo Cunha pede ao STF quebra de seu sigilo telefônico e o do senador
Edison Lobão
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
DANIELA LIMA
DE BRASÍLIA
FOLHA DE SÃO PAULO
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) avisou a aliados que renuncia ao
cargo de presidente da Câmara se o Palácio do Planalto conseguir
unificar partidos como o PSDB e o DEM em torno de um nome chancelado por
ele e seus aliados para sucedê-lo no comando da Casa.
O deputado, que está afastado do mandato e do cargo pelo STF (Supremo
Tribunal Federal) desde o dia 5 de maio, externou sua posição
pessoalmente ao presidente interino, Michel Temer, na reunião que teve
com ele no último domingo (26).
Após a conversa, Temer se mobilizou pessoalmente para fazer valer a
demanda de Cunha e destacou alguns de seus principais ministros para a
tarefa de convencer o bloco liderado pelos tucanos a não se opor a um
acordo com os aliados do deputado.
Make Money Online :
http://ow.ly/KNICZquinta-feira, 30 de
junho de 2016
Por acordo, Cunha diz que pode renunciar à presidência da Câmara
Alan Marques -21.jun.2016/Folhapress
Eduardo Cunha pede ao STF quebra de seu sigilo telefônico e o do senador
Edison Lobão
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
DANIELA LIMA
DE BRASÍLIA
FOLHA DE SÃO PAULO
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) avisou a aliados que renuncia ao
cargo de presidente da Câmara se o Palácio do Planalto conseguir
unificar partidos como o PSDB e o DEM em torno de um nome chancelado por
ele e seus aliados para sucedê-lo no comando da Casa.
O deputado, que está afastado do mandato e do cargo pelo STF (Supremo
Tribunal Federal) desde o dia 5 de maio, externou sua posição
pessoalmente ao presidente interino, Michel Temer, na reunião que teve
com ele no último domingo (26).
Após a conversa, Temer se mobilizou pessoalmente para fazer valer a
demanda de Cunha e destacou alguns de seus principais ministros para a
tarefa de convencer o bloco liderado pelos tucanos a não se opor a um
acordo com os aliados do deputado.
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junho de 2016
Por acordo, Cunha diz que pode renunciar à presidência da Câmara
Alan Marques -21.jun.2016/Folhapress
Eduardo Cunha pede ao STF quebra de seu sigilo telefônico e o do senador
Edison Lobão
O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
DANIELA LIMA
DE BRASÍLIA
FOLHA DE SÃO PAULO
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) avisou a aliados que renuncia ao
cargo de presidente da Câmara se o Palácio do Planalto conseguir
unificar partidos como o PSDB e o DEM em torno de um nome chancelado por
ele e seus aliados para sucedê-lo no comando da Casa.
O deputado, que está afastado do mandato e do cargo pelo STF (Supremo
Tribunal Federal) desde o dia 5 de maio, externou sua posição
pessoalmente ao presidente interino, Michel Temer, na reunião que teve
com ele no último domingo (26).
Após a conversa, Temer se mobilizou pessoalmente para fazer valer a
demanda de Cunha e destacou alguns de seus principais ministros para a
tarefa de convencer o bloco liderado pelos tucanos a não se opor a um
acordo com os aliados do deputado.
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