O ministro da Integração
Nacional, Helder Barbalho, negociou com a Secretaria de Aviação Civil
(SAC) a inclusão de seis aeroportos paraenses no Programa de Aviação
Regional, do Governo Federal. As unidades escolhidas são os aeroportos
de: Breves, Itaituba, Marabá, Paragominas, Parauapebas e Redenção. No
caso dos aeroportos regionais paraenses, a previsão de investimentos é
de R$ 162,7 milhões, a serem executados entre os anos de 2017 e 2018. O
ministro ressaltou a importância dos investimentos nos aeroportos
regionais do estado, não só do ponto de vista do desenvolvimento
econômico, como também social.
“Quero dizer da minha satisfação de
poder ter colaborado para garantir um investimento de mais de R$ 162
milhões para reestruturar aeroportos regionais no nosso estado.
Investimentos estes que permitirão que esses aeroportos, essas cidades,
essas regiões possam receber voos comerciais e possam ter voos noturnos,
o que ajuda sob o âmbito econômico, mas também salva a vida de
pessoas”, disse o ministro.
Os aeroportos paraenses escolhidos nesta
primeira fase, apresentam características estratégicas para o
desenvolvimento do estado, seja pelo potencial turístico das cidades
onde estão instalados, como Breves e Itaituba; seja pela relevância no
setor mineral, a exemplo de Marabá, Paragominas e Parauapebas, ou pela
vocação para o setor agropecuário e também mineral, caso de Redenção.
O ministro Helder Barbalho adiantou que
os investimentos em aeroportos regionais no estado serão ampliados e,
para isso, estudos já estão sendo elaborados para beneficiar outras
cidades com melhores serviços.
“Quero também registrar que, além dessas
cidades que receberão obras já agora em 2017 e 2018, outras cerca de 20
cidades do nosso estado já estão com projetos em concepção para que
futuramente sejam beneficiadas. Lembrando do tamanho do estado do Pará e
da necessidade de podermos estar interligados, seja pelas nossas
estradas, pelos nossos rios e, claro, tendo a oportunidade de ter uma
malha aeroviária estrutural. Vamos juntos continuar a fazer com que o
Pará cresça, se desenvolva e investimentos possam chegar para o
bem-estar de cada paraense”, afirmou o ministro.
Os investimentos vão possibilitar que os
aeroportos paraenses possam operar por mais tempo durante o dia e
também à noite, a partir da instalação de equipamentos que vão tornar
mais seguro o tráfego de aeronaves. Além disso, serão oferecidas mais
comodidades aos passageiros, levando, consequentemente, a uma maior
movimentação econômica nas regiões de influência. Os seis aeroportos
paraenses farão parte da primeira fase do programa de investimentos
federais, que contempla 58 unidades em todo o país, com investimentos
totais de R$ 2,4 bilhões. O anúncio oficial deverá acontecer a partir de
meados de fevereiro.
De acordo com o Secretario de Aviação
Civil Dario Lopes, a importância do Programa de Aviação Regional está no
fato de ampliar a área coberta por serviços de aviação em todo o país,
com um olhar específico para a região Amazônica onde, segundo Lopes, a
SAC está concentrando esforços no sentido de possibilitar que mais
localidades sejam atendidas pelos serviços aéreos.
“A rede inteira de aeroportos regionais
no Brasil é de 189 unidades. Mas vamos trabalhar nessa primeira fase com
58 unidades, com investimentos na melhoria da infraestrutura e em ações
para aumentar as condições de segurança, a partir da implantação de
equipamentos nos aeroportos como caminhões contra incêndio, equipamentos
para Raio X, pórticos e outros itens para que a aviação regional seja
feita com todos os padrões de segurança e qualidade previstos pela
legislação”, afirma o secretário.
O secretário destacou a importância da
participação do ministro Helder Barbalho na escolha dos aeroportos
paraenses que estão listados na primeira fase do programa. Lopes
ressaltou que o olhar político do ministro ajudou na decisão.
“Temos um trabalho técnico e que é
concluído com o olhar de quem sabe e conhece a realidade local e pode
nos orientar no sentido do que está sendo feito corretamente e o que
está mais próximo da realidade. Esse olhar político do Pará quem fez foi
o ministro Helder. O ministro foi fundamental para olhar o que foi
feito do ponto de vista técnico e dizer o que estava certo”, disse o
secretário da SAC.
Para ele, um dos exemplos da importância
da participação do ministro na escolha correta dos aeroportos paraenses
foi o caso específico da cidade de Redenção.
“O papel do ministro Helder foi
preponderante. Havia uma dúvida se incluiríamos ou não Redenção nessa
primeira etapa porque quem conhece a região sabe que próximo do
aeroporto há um linhão de transmissão de energia da Eletronorte. Foi
através da presença do ministro, intercedendo junto à Eletronorte e a
prefeitura que nos deram tranquilidade para saber que vamos fazer o
investimento no aeroporto. O linhão vai ser adaptado para ser feita a
infraestrutura compatível com as necessidades da região”, disse Lopes.
Dario Lopes ressalta que o Programa de
Aviação Regional não se limita a ser um investimento financeiro. Ele
destaca a função de qualificar os aeroportos para um melhor atendimento.
E explica como isso será feito em todas as unidades, incluindo as
escolhidas no estado do Pará.
“O Programa de Aviação Regional é um
programa de qualificação da infraestrutura. E isso significa dispor de
recursos para que, através de investimentos, equipamentos e treinamento,
a infraestrutura aeroportuária fique mais tempo disponível ao longo do
dia. Para qualificar é preciso investir na parte física, é preciso
equipar, treinar aqueles que vão operar para prestar um bom serviço”,
reforça Lopes.
Ele cita como exemplos de um projeto de
qualificação eficaz, que um aeroporto tenha equipamentos para atender
portadores de necessidades especiais.
“No caso específico do Programa de
Aviação Regional, todos os aeroportos que tiverem movimentos regulares –
programação diária de pousos e decolagens – irão dispor de rampas que
permitem ao portador de deficiência sair do avião sem precisar ser
carregado. É o programa que, através da conjugação desses pilares, que
são o investimento na parte física, o equipamento, o olhar no
procedimento e no treinamento, permitirá, durante muito mais tempo do
dia, que se tenha a possibilidade de prestar serviços à população”,
assinala.
Lopes afirma que o usuário final terá
melhorias no serviço não só porque terá disponibilidade em qualquer
horário do dia de usar o aeroporto, como também pela gestão sustentável
das unidades, a partir de soluções que vão baratear os custos destes
aeroportos.
“Hoje, muitas vezes por restrição
financeira do município de manter o serviço ao longo do dia, ou mesmo
por falta de equipamentos, não se se consegue manter a infraestrutura
disponível por muito tempo. Com o programa, haverá essa disponibilidade.
O outro ponto é que estamos chegando a essa disponibilidade da maneira
mais sustentável possível, estimulando, por exemplo, o uso da energia
solar nas regiões Norte e Nordeste do país, no uso de balizamento
noturno (luzes de orientação para as aeronaves, que são acesas nas
laterais e limites das pistas). A melhoria traz resultados a um custo
menor”, garante Lopes.
Novo Programa foca em aeroportos mais estratégicos
Na primeira versão do Programa de
Aviação Regional, lançado em 2012, ainda no governo da ex-presidente
Dilma Rousseff, o estado do Pará havia sido contemplado com 24
aeroportos na lista de 270. Os investimentos daquele primeiro plano
foram estimados em R$ 7,3 bilhões, mas o projeto não decolou. Em agosto
do ano passado, uma nova listagem de aeroportos foi anunciada, reduzindo
de 270 para 53 o número de unidades regionais consideradas
prioritárias, com recursos previstos de R$ 2,4 bilhões e conclusão até
2020. O novo programa tem foco em aeroportos estratégicos para o país.
Recursos para a aviação regional no Pará
Investimento estimado 2017/2018: R$ 162,7 milhões
- Breves: R$ 21,5 milhões
- Itaituba: R$ 39,6 milhões
- Marabá: R$ 3,5 milhões
- Paragominas: R$ 50,6 milhões
- Parauapebas: R$ 21,5 milhões
- Redenção: R$ 26 milhões
Total: R$ 162,7 milhões
Fonte: Secretaria de Aviação Civil (SAC)