
Secretários Regina Sousa e Podalyro Neto
 
Aumentam a cada dia as reclamações dos 
empresários santarenos em relação à burocracia e o alto custo para 
viabilizar o Alvará de Licença de Localização e Funcionamento do 
Município de Santarém.
Um processo que deveria contar com maior
 agilidade possível por parte da Prefeitura e seus Órgãos, e assim 
garantir o investimento privado, geração de emprego e renda, estimulando
 a economia local, não é visto com tal objetivo dentro do Executivo 
Municipal.
As denúncias que chegaram a nossa equipe
 de reportagem, é que até ano passado, eram exigidas para emissão de 
alvará, para maioria das atividades empresariais somente a licença da 
Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros. Enquanto que em 2015 a 
Secretaria Municipal de Finanças (SEFIN) está exigindo, também, a 
Licença da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), inclusive das 
mesmas empresas que em 2014 não foi necessária tal licença.
Segundo os denunciantes, coincidência ou
 não, o fato da SEFIN impor a licença da SEMMA como requisito básico 
para obtenção do Alvará demonstra que a ação governamental não passa de 
mero procedimento arrecadatório por parte do órgão municipal. Desta 
forma, para tentar garantir receitas que possam cobrir despesas da 
máquina pública. Penalizando o empresariado local e, desestimulando o 
investimento particular que é tão importante para a economia.
“A verdade é que estamos sendo muito 
prejudicados por querer investir em Santarém, pois ao contrário do que 
acontece em outros municípios do País, onde as prefeituras trabalham com
 planejamento eficaz para receber investimentos, ofertando inclusive 
infraestrutura de polos comerciais e industriais, além de outros 
incentivos, tais como redução da carga tributária municipal, a 
Prefeitura de Santarém faz justamente o contrário, tentando arrecadar 
dinheiro a todo custo, principalmente à custa do empresariado local”, 
reclama um proprietário de empresa que não quis se identificar.
SEMMA NÃO CUMPRE PRAZO:
 Ainda de acordo com os denunciantes, os órgãos autorizados para 
emitirem tais licenciamentos, estão supercarregados de pedidos e não 
conseguem cumprir o prazo estipulado em Lei, que é de 120 dias. As 
denúncias dão conta de que, existem empreendedores que já aguardam mais 
de seis meses. O fato prejudica todos os segmentos empresariais e trava o
 desenvolvimento do Município.
Para os denunciantes, não existe uma 
organização para garantir o cumprimento de prazos, ou seja, foi 
estabelecida uma medida que não previu a falta de estrutura das 
instituições. Tem caso de empresa que deu entrada no processo de 
obtenção do Alvará em Janeiro, e passados dez meses ainda não conseguiu 
concluir.
PAGANDO EM DOBRO: De 
acordo com o Decreto Municipal nº 240/2013, uma empresa, por exemplo, do
 ramo de distribuição de alimentos embalados, deveria obter apenas a 
licença da Vigilância Sanitária para dar entrada no Alvará. No entanto, a
 SEFIN está exigindo além da licença do Corpo de Bombeiros, também a 
licença da SEMMA. Esta exigência faz com que o valor total para 
renovação e obtenção do Alvará, aumente em determinados segmentos, cerca
 de 40%. Uma empresa que no ano passado pagou um total de R$ 1.100,00, 
atualmente, para conseguir o documento paga em taxas o valor total que 
chega a aproximadamente a R$ 2 mil.
Alguns questionamentos são levantados 
pelos denunciantes, para que os titulares da SEFIN e SEMMA, 
respectivamente Regina Socorro Siqueira Sousa e Podalyro Lobo de Sousa Neto possam responder: Por
 que a licença da SEMMA é imposta para empresas que não são exigidas 
pelo Decreto nº 240/2013, sendo que até ano passado essas mesmas 
empresas tinham que apresentar apenas a licença dos Bombeiros e da 
Vigilância Sanitária? A exigência generalizada de licença da SEMMA não 
torna redundantes com a licença da Vigilância Sanitária, ou seja, dois 
órgãos realizando o mesmo tipo de serviço? Qual o motivo da demora para 
emissão de licença por parte da SEMMA?
GRANDES DIFICULDADES: 
Ainda de acordo com a denúncia que recebemos a imposição da SEFIN também
 implica em outras dificuldades. Pelo aumento expressivo do número de 
licenças que devem ser emitidas pelos órgãos, pegou-os desprevenidos. Em
 alguns casos, a dificuldade está na falta de pessoal, combustível e até
 de papel. É o caso do Corpo de Bombeiros, que em certas situações não 
consegue realizar todas as fiscalizações. Existem ocasiões que não tem 
papel adequado para emissão do certificado de vistoria, e acaba emitindo
 apenas uma declaração em papel A4, fazendo com que o empresário tenha 
que retornar dias depois para buscar o certificado. A dificuldade do 
Corpo de Bombeiros é grande, pois depende de Belém para conseguir a 
estrutura necessária para emissão de certificados.
Por: Edmundo Baía Junior